2024-08-22 HaiPress
'A viúva Clicquot – A mulher que formou um império' — Foto: Divulgação
GERADO EM: 22/08/2024 - 03:31
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“A viúva Clicquot”,de Thomas Napper,aborda um assunto não original,mas de inegável importância: a tenacidade de uma mulher num mundo dominado por homens. A mulher é Barbe-Nicole Ponsardin (Haley Bennett),que,após a precoce morte do marido,François (Tom Sturridge),decide permanecer à frente do vinhedo de ambos.
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A história é conduzida de modo algo previsível,mas conta com nuances que merecem destaque. Vejamos: sem minimizar a opressão e o autoritarismo dos homens na estrutura social do início do século XIX,o roteiro (a partir do livro de Tilar J. Mazzeo) reserva espaço para figuras masculinas positivas.
Também é possível perceber uma relativização do habitual contraste entre passado luminoso e presente sombrio. As cenas voltadas para a lembrança do convívio com François se distanciam,ao longo da projeção,da idealização romântica ao evidenciarem a crescente desestabilização emocional dele. Já quando se vê sem o marido e confrontada com a dura realidade,Barbe-Nicole continua em busca do champagne perfeito,se depara com desafios econômicos quase intransponíveis,mas encontra aliados determinantes.
Para completar,o esperado discurso edificante da protagonista até surge nos minutos finais. Esse clímax,porém,é abreviado. O filme terminaria em reticências,não fossem as informações fornecidas no letreiro final.
As mencionadas especificidades não tornam o resultado propriamente marcante. Mas garantem certo afastamento do lugar-comum.
Bonequinho olha.