2024-08-24 HaiPress
Segundo o coordenador do Sindicato da Indústria Geral,Alimentação,Construção Civil e Serviços (Siacsa),Heidi Ganeto,o pedido foi feito durante uma reunião na tarde desta sexta-feira com a Direção Geral do Trabalho (DGT) de Cabo Verde e representantes da empresa.
"Mandar 200 pessoas para o desemprego no imediato também não agrada o sindicato e acabamos por aceitar a proposta da Atunlo",frisou.
O sindicalista avançou que a empresa justificou o pedido com falta de condições em conseguir matéria-prima neste momento,mas promete retomar a produção em outubro.
As autoridades cabo-verdianas tinham aprovado em junho um pedido da empresa para prorrogar por mais dois meses o prolongamento da suspensão dos contratos dos cerca de 210 trabalhadores,que vão continuar a receber 50% dos seus salários.
"A empresa,neste sentido está a cumprir",afirmou Heidi Ganeto,indicando que alguns trabalhadores acabaram por deixar a empresa enquanto outros saíram do país.
O sindicalista disse que o objetivo é "proteger os postos de trabalho" desde que as atividades da Atunlo foram suspensas,em fevereiro.
A empresa tem um processo de falência voluntária a decorrer em Espanha,onde a firma já tinha começado a realizar despedimentos em janeiro.
A fábrica de processamento de pescado foi inaugurada em 2015,com 51% do capital nas mãos da Atunlo,33% pertencentes à Frescomar (Ubago) e 16% à Frigrove,todas espanholas.
O objetivo era tornar a Atunlo num "operador de referência na Europa e norte de África" para produtos derivados de atum,com as fábricas de conservas entre os principais clientes do peixe ali processado.