2024-11-08 HaiPress
Em conferência de imprensa para a apresentação dos resultados,o presidente do banco,Paulo Macedo,sublinhou o valor entregue pela CGD ao Estado,que apontou para 1.527 milhões de euros,entre dividendos e IRC referentes a 2023 e 2024.
"Temos razões para considerar que foram uns bons nove meses",acrescentou Paulo Macedo,que registou que o volume de negócios da CGD subiu cerca de 7.000 milhões de euros face ao período homólogo,para 144 mil milhões de euros.
Com um crescimento mais modesto em termos homólogos,a margem financeira consolidada da CGD cresceu 1,5%,para 2.121 milhões de euros. Na sua apresentação,a administradora financeira Paula Geada registou que este crescimento da margem financeira "foi muito suportado pelo crescimento do volume de negócios".
Quanto às comissões,estas atingiram 437 milhões de euros entre janeiro e setembro,numa evolução de 2,6% atribuída também ao aumento do volume de negócios.
Por sua vez,os custos de estrutura caíram 1,1%,para 780 milhões de euros. Em comunicado publicado no seu portal,a CGD destaca a "diminuição no valor de 20 milhões de euros nos custos com pessoal,decorrente de efeitos extraordinários relacionados com o programa de reestruturação de pessoal".
A nível da atividade internacional,a contribuição para os lucros da CGD foi de cerca de 150 milhões de euros,uma evolução que foi "impactada negativamente por variações cambiais,particularmente Angola (7,5 milhões de euros). Noutras geografias,o BNU Macau e o BCI Moçambique apresentaram contributos para os lucros do grupo de 49 milhões de euros e 51 milhões de euros,respetivamente.
Os resultados das operações financeiras totalizaram 120 milhões de euros,menos 44 milhões de euros face a há um ano,numa evolução afetada "pelo efeito extraordinário associado à extinção do Fundo de Pensões,no valor de 80 milhões de euros,em fevereiro de 2023.
Sem este efeito extraordinário,"os resultados de operações financeiras teriam uma variação positiva de 35 milhões de euros",explica a CGD em comunicado enviado ao mercado.
Nos primeiros nove meses deste ano,o banco público registou uma "reversão de provisões e imparidades" no valor de 106 milhões de euros,depois de no ano passado ter constituído provisões no valor de 510 milhões de euros.
Na ótica da CGD,esta variação está "sobretudo relacionada com a atividade da Caixa em Portugal,reconhecendo a melhoria do enquadramento macroeconómico acima do esperado".
Os resultados operacionais do banco subiram para 2.016,1 milhões de euros,mais 33,8% que no mesmo período do ano passado.
Os depósitos de clientes subiram 4,9% face a dezembro,para 84.499 milhões de euros,sendo 74.209 milhões de euros na atividade doméstica (mais 5,6% no período).
Apenas em Portugal,os depósitos de particulares representaram 58.134 milhões de euros,enquanto nas empresas o valor dos depósitos atingiu os 12.588 milhões de euros,tendo ambas as rubricas registado subidas de 5,1% face a dezembro.
Quanto ao crédito concedido a clientes em Portugal,este avançou 2,8% desde o início do ano,para 46.622 milhões de euros. O crédito a empresas subiu 3,6%,para 20.373 milhões de euros.
Para particulares,a subida foi de 2,2%,para 26.249 milhões de euros,sendo a maioria (25.070 milhões de euros) respeitante a crédito à habitação.
No final de setembro,a CGD contava com 6.227 trabalhadores em 512 agências,mantendo o número de balcões,mas com menos 16 trabalhadores,em termos líquidos,face a fim de dezembro.
Quanto aos rácios de solvabilidade,o rácio de 'Non-Performing Loans' (crédito malparado) consolidado foi 1,59% no final de setembro,numa descida face aos 1,65% de dezembro.
Os rácios fully loaded,CET1,Tier 1 e Total,situaram-se em 21,0%,21,0% e 21,3% respetivamente.
[Notícia atualizada às 17h33]