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A estratégia de Heleno para tentar evitar o destino de Braga Netto e ser preso

2024-12-18 IDOPRESS

General Heleno durante depoimento na CPI do 8 de janeiro — Foto: Agência Câmara

A tensão do entorno do general da reserva Augusto Heleno cresceu após prisão do também general quatro estrelas Walter Braga Netto,no sábado passado. Ambos foram ministros de Jair Bolsonaro e estão indiciados pela Polícia Federal no inquérito da tentativa de golpe de Estado.

A conversa entre Lula e o ministro da Defesa sobre a prisão de Braga NettoO que Bolsonaro diz sobre a chance de Braga Netto fazer uma delação premiada

Aliados de Heleno,que foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI),avaliam que o militar adotou uma postura distinta daquela teve Braga Netto desde que foi alvo de uma operação de buscas da Polícia Federal,no início do ano. Eles alegam que o general submergiu,enquanto o colega da caserna atuou para conseguir dados sobre a delação premiada do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência,Mauro Cid.

O grupo de aliados militares acredita que a chance de uma prisão preventiva de Heleno é remota,mas avalia que a possibilidade do ex-ministro do GSI ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) é grande. Heleno tem 77 anos de idade,fator que também pode pesar na decisão sobre uma eventual prisão.

Como informou a coluna,a estratégia de defesa de Heleno,no processo,é tentar argumentar que o então ministro do GSI teria sido escanteado por Jair Bolsonaro,quando o centrão passou a fazer parte do governo,em 2021. O argumento é que a paródia “se gritar pega centrão,não fica um,meu irmão”,feita pelo militar,teria deixado Heleno sem clima para permanecer com trânsito na alta cúpula do Palácio do Planalto.

O relatório final da PF diz que Heleno atuou de "forma destacada" no planejamento e na execução de ações para "desacreditar o processo eleitoral brasileiro e subverter o regime democrático". Entre as provas trazidas,há anotações de próprio punho atribuídas ao general,sugerindo estratégias para não cumprir decisões judiciais. Uma agenda de Heleno também continha orientações manuscritas de ataques à credibilidade das urnas eletrônicas. A PF ainda aponta que o grupo golpista planejava criar um “gabinete de gestão de crise” comandado por Heleno e Braga Netto,depois da prisão ou execução do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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