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O método que consegue 'retirar' até 50% dos carboidratos do macarrão, do arroz e do pão

2024-12-19 IDOPRESS

Macarrão — Foto: Freepik

RESUMO

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GERADO EM: 18/12/2024 - 17:23

"Redução de Carboidratos em Alimentos: Nova Abordagem com Riscos"

Um método inovador reduz até 50% dos carboidratos em arroz,pão e macarrão,baseado na retrogradação dos amidos. Apoiado pela ciência,transforma carboidratos em fibras prebióticas,beneficiando a saúde intestinal e estabilizando os níveis de açúcar no sangue. Apesar dos benefícios,é arriscado devido à possibilidade de contaminação por Bacillus cereus. Recomenda-se precaução no armazenamento e no reaquecimento dos alimentos para evitar intoxicações alimentares.

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Uma dica compartilhada por um cozinheiro na plataforma de vídeos TikTok mostra como reduzir em 50% os carboidratos encontrados no arroz,no pão e no macarrão sem reduzir o tamanho das porções. O truque,apelidado pela pessoa que compartilhou a dica de seu “segredo da mãe asiática”,é cozinhar a comida,resfriá-la ou congelá-la e reaquecê-la antes de comer. O melhor de tudo é que é apoiado pela ciência.

De acordo com Karan Rangarajan,médico cirurgião e comunicador científico,esse método é respaldado pela ciência e se baseia em um processo químico conhecido como retrogradação.

“Se você adora arroz e sobras,este será seu hack científico alimentar favorito. Quando você cozinha,esfria e reaquece alimentos ricos em carboidratos como arroz,pão,macarrão ou legumes,eles magicamente contêm menos calorias”,diz Rangarajan em um de seus vídeos.

Conforme explicou,a retrogradação ocorre quando os amidos presentes nos carboidratos são transformados em amidos resistentes após serem resfriados e reaquecidos. Esse tipo de amido não é digerido no intestino delgado,mas passa para o cólon,onde alimenta bactérias benéficas como bifidobactérias e Lactobacillus.

Este processo converte carboidratos em um tipo de fibra prebiótica que melhora a saúde intestinal. Além disso,por ter menor impacto glicêmico,ajuda a estabilizar os níveis de açúcar no sangue,sendo especialmente benéfico para pessoas com diabetes.

“O amido resistente fermenta mais lentamente no intestino,promovendo maior sensação de saciedade e facilitando o controle do peso”,observou o médico.

O método pode ser arriscado

Apesar dos seus benefícios,reaquecer o arroz e outros alimentos ricos em hidratos de carbono acarreta riscos se não forem tomadas as devidas precauções,conforme observado num relatório publicado no New York Post. O arroz pode conter esporos da bactéria Bacillus cereus,responsável por doenças alimentares conhecidas como “síndrome do arroz frito”.

Segundo a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos,essa bactéria causa cerca de 63.400 casos de intoxicação alimentar anualmente no país,afetando também massas e batatas. Os sintomas incluem diarreia e vômitos que podem aparecer de seis a doze horas após o consumo de alimentos contaminados. Embora geralmente não seja grave,em pessoas imunocomprometidas pode causar infecções graves ou até insuficiência hepática.

Para evitar problemas,Rangarajan recomenda não deixar o arroz em temperatura ambiente por mais de duas horas,armazená-lo em pequenos recipientes e refrigerá-lo imediatamente após o cozimento. Também é importante reaquecê-lo adequadamente antes de consumi-lo.

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