2024-12-20
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João Paulo Magalhães Lins e André Silva venceram eleição para presidência do Botafogo — Foto: Wallace Lima / Botafogo
GERADO EM: 20/12/2024 - 02:07
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Na noite de ontem,João Paulo Magalhães Lins derrotou Vinícius Assumpção em eleição realizada em General Severiano,e foi eleito presidente do Botafogo para o próximo quadriênio,entre janeiro de 2025 e dezembro de 2028. Apoiado pelo atual mandatário,Durcesio Mello,o empresário de 52 anos deverá fazer uma gestão de continuidade,tendo André Silva como vice na chapa.
Esta era a tônica de um pleito onde os dois candidatos tinham linhas políticas parecidas. Afinal,Vinícius é o atual vice-geral do clube associativo. João Paulo não comandará o futebol,que está sob o chapéu de John Textor desde a implementação da SAF,em março de 2022. Porém,a proximidade entre os lados seguirá sendo importante.
O trabalho de Durcesio foi decisivo para que o alvinegro se tornasse SAF,e a boa relação com Textor ainda é ponto alto. O apoio dado a João Paulo não foi por acaso.
Desde o meio do ano passado,ele começou a ser apresentado aos membros da SAF. Nas conversas,Durcesio já dizia "esse aqui é o futuro presidente do Botafogo". Não à toa,Textor o parabenizou pela vitória com dizeres parecidos.
— Agora,você é parte de uma orgulhosa e gloriosa tradição de liderança. Passado,presente e futuro do nosso amado Botafogo. Sei que você está pronto para o desafio. Vamos continuar buscando troféus juntos — disse Textor,no Instagram em uma publicação incluindo uma foto com Carlos Augusto Montenegro,ex-presidente alvinegro,que apoiou a candidatura vencedora.
John Textor parabeniza João Paulo Magalhães Lins,novo presidente do Botafogo — Foto: Instagram
Inclusive,o grupo de João Paulo tentou fazer com que a SAF declarasse apoio público à sua candidatura,mas Vinícius,o concorrente,também nutre boa relação com os pares de Textor. De qualquer forma,a chancela de Durcesio e do empresário americano será fator importante na gestão.
A partir da virada do ano,o presidente eleito será o responsável pelo clube social e seus projetos,a sede de General Severiano,e os 13 esportes olímpicos que o Botafogo mantém — oito atletas alvinegros estiveram em Paris-2024 —,como basquete,vôlei e remo. Estes são alguns dos pontos propostos pela chapa "Os Escolhidos",encabeçada por João Paulo e André.
Além disso,eles também pretendem dar prosseguimento à consolidação e ao desenvolvimento da estruturação profissional do clube,pauta prioritária,junto à de manter as relações com a SAF em bom nível.
Um ponto importante,porém,seguirá sendo exercido pela futura velha gestão: Durcesio continuará ocupando a cadeira do Botafogo Social no Conselho de Administração da SAF (o associativo tem um dos dez membros). Ele foi eleito para um mandato que irá até maio de 2026,período em que seguirá bem próximo às decisões da equipe de futebol.
Herdeiro do banqueiro José Luiz Magalhães Lins,o empresário atuou por mais de 10 anos como presidente do Boavista,clube de Saquarema que,recentemente,tornou-se uma SAF.
Aos 52 anos,atualmente,é sócio da Big Ball,empresa criada em 2004 para gestão de futebol. Inclusive,foi neste ano que a família Magalhães Lins passou a mandar no clube,que João assumiu o comando em 2012.
Em 2014,fez sua primeira tentativa de participação na política do Botafogo,mas sua chapa acabou não participando do pleito pela presidência. Dessa vez,venceu a eleição híbrida (com votos presenciais e remotos) com 537 (54,4%) dos 987 votos totais. Vinícius recebeu 399,dez foram nulos e cinco foram em branco.
— Tudo o que eu puder fazer para apoiar o John Textor e a SAF,eu farei. Sou um soldado do Botafogo e vou proteger o futebol do clube sempre. Estamos aqui para apoiar o John e o que mais o Botafogo precisar para conquistar mais títulos — disse João Paulo Magalhães,que brincou sobre até onde iria a ajuda que pode dar a John Textor. — Se algum dia ele precisar de mim para trocar o pneu do carro na rua às 3h da manhã,pode me acionar. Fui gestor de futebol durante muitos anos aqui no Boavista e me orgulho muito do trabalho feito lá. Tenho bons amigos no cenário político do futebol.
