2025-02-07
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Especialistas afirmam que Carnaval pode funcionar como válvula de escape emocional — Foto: Cadu Passos / Divulgação
GERADO EM: 06/02/2025 - 15:39
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Quando o Carnaval começa,o país entra em outra frequência. O som dos blocos ecoa pelas ruas,as fantasias tomam conta das avenidas e,por alguns dias,a rotina perde a importância. Para muitos,a festa não é apenas um momento de diversão,mas uma pausa necessária na pressão do dia a dia,uma chance de desligar da realidade e viver sem amarras.
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Mas será que a euforia do Carnaval realmente ajuda a aliviar o estresse ou apenas adia as preocupações? Segundo especialistas,o evento pode,sim,funcionar como uma válvula de escape emocional,mas não substitui práticas contínuas de bem-estar.
A explosão de cores,a música alta e a energia das multidões criam um ambiente onde tudo parece possível. No Carnaval,a lógica se inverte: o que normalmente seria exagero vira celebração,e a espontaneidade é a regra. Fantasias ousadas,danças sem pudor e a sensação de anonimato na multidão fazem com que muitas pessoas se sintam mais livres para se expressar.
“O Carnaval pode ser uma oportunidade para se libertar,experimentar novas sensações e se reconectar consigo mesmo. Mas é importante lembrar que ele dura poucos dias. Para um equilíbrio emocional verdadeiro,é essencial encontrar formas duradouras de lidar com as emoções”,explica Gisele Hedler,especialista em comportamento humano.
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Batidão do funk no Buraco do Lume — Foto: Domingos Peixoto
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Bloco O Baile Todo tocou funk no Centro do Rio — Foto: Domingos Peixoto
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O bloco Mulheres Rodadas apostou nas tradicionais marchinhas de carnaval e mensagens feministas — Foto: Domingos Peixoto
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Os blocos de carnaval chegaram até na Cinelândia — Foto: Domingos Peixoto
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O bloco Nova Bad entrou na folia Na frente do Theatro Municipal — Foto: Domingos Peixoto
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O bloco Baile Todo encheu o Buraco do Lume,na frente do Terminal Menezes Cortes — Foto: Domingos Peixoto
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O Girô ocupou a Praça Paris,com mais pernaltas — Foto: Felipe Gelani
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As pernaltas do Mulheres Rodadas se destacaram na Praça XV — Foto: Felipe Gelani
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O Mulheres Rodadas apostou nas tradicionais marchinhas e músicas dos anos 80 — Foto: Domingos Peixoto
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O Centro do Rio foi tomado pela folia neste domingo — Foto: Domingos Peixoto
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Publicidade Pernaltas tomaram as ruas e podem ser tendência em 2025
Ela aponta que a folia pode ajudar a aliviar a tensão acumulada,mas não resolve questões emocionais profundas. “Atividades físicas,hobbies e momentos de relaxamento são fundamentais. E,se houver necessidade,buscar ajuda profissional também faz parte desse processo”,diz.
O Carnaval sempre foi um espaço de transgressão. Por meio das fantasias e da dança,as pessoas assumem novas identidades e,muitas vezes,encontram uma coragem que falta no dia a dia.
“As fantasias são uma forma poderosa de expressão. Elas permitem que as pessoas experimentem outras versões de si mesmas e se sintam mais confiantes,sem medo do julgamento alheio”,afirma Hedler.
A música e a dança também cumprem um papel essencial nessa catarse coletiva. “Durante a folia,as pessoas se movimentam livremente,sem se preocupar com padrões estéticos ou imposições sociais. É um momento de conexão consigo mesmo e com os outros”,complementa.
No entanto,a euforia passageira não pode mascarar problemas emocionais persistentes. A sensação de liberdade e leveza do Carnaval é real,mas finita. Quando a Quarta-feira de Cinzas chega,a rotina volta e os desafios do dia a dia permanecem.
A chave,segundo os especialistas,está no equilíbrio. O Carnaval pode ser um respiro,um instante de fuga e renovação,mas o bem-estar emocional precisa de alicerces mais sólidos. Afinal,a vida segue depois da festa – e cuidar da mente deve ser um compromisso que dura o ano inteiro.