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Vovós alemãs se mobilizam contra a extrema direita no país

2025-02-17 HaiPress

Manifestante segura cartaz com a forma de uma mão onde se lê “Pare o carvão” durante uma “greve pelo clima” convocada por ativistas ambientais do Fridays for Future em fevereiro de 2025 — Foto: RALF HIRSCHBERGER / AFP

RESUMO

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GERADO EM: 16/02/2025 - 12:33

Vovós alemãs combatem extremismo com gorros de lã

Vovós alemãs unem-se no movimento "Omas contra a extrema direita",defendendo a democracia e combatendo discursos nacionalistas. Com gorros de lã como emblema,o grupo cresce em manifestações antes das eleições,visando proteger as futuras gerações. Com raízes pós-guerra,buscam preservar a paz. O movimento,iniciado em 2018,cresce em toda a Alemanha,atuando contra o antissemitismo e inspirando gerações mais jovens na luta contra o racismo.

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As “avós contra a extrema direita” estão se mobilizando para proteger a democracia e lutar contra os discursos nacionalistas e antimigrantes que dominam a campanha para as eleições parlamentares na Alemanha.

Sua missão: proteger a democracia para as gerações futuras. Seu emblema: gorros de lã,em sua maioria feito à mão,que permitem que elas se distinguem e se identifiquem nas manifestações que reuniram centenas de milhares de pessoas em diversas cidades alemãs nas últimas semanas.

Os protestos foram convocados contra os possíveis recordes de votos que o partido de extrema direita AfD pode obter nas eleições antecipadas de 23 de fevereiro.

O “Omas gegen Rechts” (seu nome em alemão),no entanto,não esperou chegar à reta final das eleições para se mobilizar. “Só porque você é idoso não significa que deve ficar calado”,eles vêm dizendo há sete anos.

Em seus sessenta,setenta e até noventa anos,esses ativistas,que cresceram nas décadas do pós-guerra marcadas pela memória do Holocausto,sentem que têm um dever.

— Tive a sorte de viver em paz e democracia por 58 anos — diz Gabi Heller,que dirige um grupo ‘Omas’ em Nuremberg,uma grande cidade no sul da Baviera. — É isso que quero preservar para meus três netos.

— Culpar os fluxos migratórios por todos os males é uma solução fácil,mas é um completo absurdo — acrescenta ela,com uma bandeira do Omas pendurada no ombro.

Um pôster desfigurado da campanha eleitoral da Alternativa para a Alemanha (AfD),de extrema-direita — Foto: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP

Origem do grupo

Eva-Maria Singer aderiu ao movimento há três anos.

— Éramos ingênuos demais — declara a senhora de 73 anos em uma manifestação em Nuremberg.

— Minha geração,os chamados “sessentistas”,que saíram às ruas contra a velha classe nazista e fascista,achava que a tínhamos erradicado,mas não é verdade,ela está crescendo novamente — analisa ela.

O partido de extrema direita AfD pode conquistar o segundo lugar nas eleições parlamentares,embora suas chances de chegar ao poder sejam nulas devido à falta de aliados.

O movimento “Omas” nasceu na Alemanha em 2018,inspirado em iniciativas semelhantes na Áustria. Na época,o AfD,fundado em 2013,tinha acabado de entrar no parlamento alemão,o que foi uma verdadeira ruptura na vida política do país.

Manifestantes seguram um cartaz com os dizeres “Nosso futuro está por um fio” — Foto: RALF HIRSCHBERGER / AFP

O grupo cresceu ao longo dos anos e agora tem cerca de cem núcleos locais em toda a Alemanha.

— No ano passado,organizamos ou participamos de mais de 80 manifestações — explica Maja,uma ativista de 72 anos entrevistada em Berlim,sendo muitas delas contra o antissemitismo.

Seu compromisso tem raízes muito pessoais: “Minha avó teve que deixar a Alemanha com meu pai” porque era judia,diz ela. Alguns de seus netos são de origem “do Oriente Médio” e “não quero que eles tenham que deixar a Alemanha,por isso entrei para a Omas”,confessa.

Inspiração

O primeiro congresso do “Omas” foi realizado neste verão na Turíngia,na região central da Alemanha. Nas últimas eleições regionais realizadas nessa área,o AfD ficou em primeiro lugar.

— Ficamos surpresos com o tratamento que recebemos — confessa Heller. Em Nuremberg,“ainda não é assim,posso andar na rua com a placa ‘Omas’ sem ter medo”,aponta.

Para Nicole Büttner,de 46 anos,que se manifestou com eles em Berlim no início de fevereiro,o compromisso desses veteranos é uma inspiração.

— São pessoas mais velhas,algumas das quais provavelmente viveram a guerra — afirma.

— Eles estão se mobilizando contra o racismo,a discriminação e a misantropia. Isso é muito importante e muito encorajador — diz ela.

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