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Análise: Prisão do rapper Poze do Rodo é reprise de um filme ruim

2025-05-30 IDOPRESS

MC Poze do Rodo é preso em condomínio no Recreio — Foto: Reprodução TV Globo

RESUMO

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GERADO EM: 29/05/2025 - 19:54

Poze do Rodo: Prisão Expõe Dilemas entre Arte e Criminalidade

A prisão do rapper Poze do Rodo é vista como um repetido e lamentável cenário. Poze,que faz shows em comunidades dominadas por facções,é criticado por retratar a realidade da favela sem filtros. Sua trajetória destaca a sobrevivência frente ao tráfico e a divisão social. Apesar de escapar do tráfico pela arte,ele não foge das limitações impostas por milícias e facções. Sua música,direta e sem esperança,narra uma dura realidade sem glorificação.

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Num mundo em que os caminhos do vício - aquele que acaba com vidas,arruína famílias e sobrecarrega os sistemas de saúde - se dividem entre os legalizados e os proibidos,a prisão do rapper Poze do Rodo acontece como a reprise de um filme ruim. Embora,se for para falar de filmes bons,tem um de François Truffaut cujo título dá a exata medida do engano: Atire no pianista.

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Poze é um artista que,como incontáveis meninos de favela,tiveram sua vida atravessada pelo tráfico de drogas - uma atividade não-vocacional,orientada pela sobrevivência e que existe por causa do abismo que separa setores da população: quem tem,quem é,e quem não tem,quem não é,e por isso resolve correr os maiores riscos.

Pela arte,Poze do Rodo pode ter escapado da atividade tráfico,mas não de uma cidade dividida em facções e milícias que exercem o poder sobre quem não é,quem não tem. Uma cidade demarcada onde,nem por ser artista famoso e rico,ele (e ninguém,de fato) pode circular livremente,por todos os cantos.

Show do Mc Poze do Rodo no Rock in Rio 2024

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Show do Mc Poze do Rodo no Espaço Favela — Foto: Guito Moreto / Agência O Globo

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No entanto,o que mais cheira a crime em Poze não é o fato de só fazer shows em comunidades dominadas por uma facção - é o de dizer,sem meias palavras,na linguagem da favela,na perspectiva da favela,o que acontece por lá. Que não é bonito,não é vida que ninguém deveria estar vivendo e que não tem glória - ou apologia - alguma.

Se há crime na música (na verdade,em parte da música) de Poze,é o de não oferecer esperança alguma ao ouvinte. Ele é o pianista,na noite escura,tocando aquelas canções que não darão nenhum alento a quem está na fossa.

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