2024-09-12 HaiPress
Sessão na quarta reunião da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB,na sigla em inglês),no Rio — Foto: Vinicius Neder
GERADO EM: 12/09/2024 - 06:00
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A bioeconomia é peça-chave na transição para uma economia de baixo carbono e tem potencial para chegar 2050 movimentando US$ 30 trilhões por ano,sustenta o relatório “Financiando uma Bioeconomia Global Sustentável”,lançado nesta quinta-feira em evento no Jardim Botânico,no Rio.
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Citando dados do Fórum Mundial de Bioeconomia,o relatório ressalta que “a bioeconomia já é grande e cresce rapidamente”. O valor atual das atividades econômicas diretamente associadas a recursos naturais é estimado entre de US$ 4 trilhões a US$ 5 trilhões.
“Apesar das significativas lacunas e fragilidades dos dados,há evidências de que os principais motores de crescimento sejam as preocupações sobre o clima,o meio ambiente e a saúde – cada vez mais incorporadas nas preferências do mercado e no desenvolvimento de marcos regulatórios”,diz o relatório,elaborado pela entidade sem fins lucrativos suíça NatureFinance e pelo Fórum Mundial de Bioeconomia.
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O documento foi proposto pelo governo brasileiro,para apoiar a Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB,que teve três dias de reunião esta semana,no Rio. O encontro terminou com um acordo em torno dos Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia,documento publicado na quarta-feira e classificado como histórico pelo Itamaraty.
A GIB foi criada pelo Brasil,inserida no tema do desenvolvimento sustentável,uma das três prioridades do país na presidência temporária do G20,o grupo das maiores economias do mundo – as outras prioridades são o combate à fome e à pobreza e a reforma das instituições globais de governança.
O relatório da NatureFinance e do Fórum Mundial de Bioeconomia defende o estabelecimento de princípios comuns para nortear o tratamento da bioeconomia no comércio global,em instrumentos financeiros e nas relações diplomáticas. Essa recomendação foi seguida com a publicação do documento da GIB.
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O relatório divulgado nesta quinta-feira destaca ainda que “o financiamento da bioeconomia é totalmente possível,com base em uma grande variedade de instrumentos financeiros existentes”.