2024-10-29 HaiPress
Entre a meia-noite e as 19 horas estavam programados 1.052 comboios,tendo sido efetuados 789 e suprimidos 263 (25%).
Dos 66 comboios de longo curso programados,foram efetuados 62 e suprimidos quatro.
No caso do serviço regional,foram cancelados 124 comboios e efetuados 140,num total de 264 previstos.
Por sua vez,nos urbanos de Lisboa todos os 477 comboios programados circularam.
Já nos urbanos do Porto foram efetuados 98 e suprimidos 119,contabilizando-se 217 programados.
Nos urbanos de Coimbra,por seu turno,estavam programados 28 comboios,sendo que 16 foram suprimidos e 12 circularam.
Os revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP -- Comboios de Portugal deram início na quinta-feira a uma greve que se prolonga até ao dia 3 de novembro,com a transportadora a antecipar perturbações na operação,sobretudo,em 31 de outubro.
Numa nota publicada no seu 'site',a empresa informou que,"por motivo de greve convocada pelo sindicato SFRCI [Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante] entre os dias 24 de outubro [quinta-feira] e 3 de novembro de 2024",estão previstas perturbações na operação.
A operadora alertou para o impacto nos urbanos de Lisboa,com especial impacto nas linhas de Sintra,Azambuja e Sado.
Nos dias 29 e 30 de outubro,também de greve parcial,a CP prevê perturbações nos serviços Regional/InterRegional,Urbanos de Coimbra e Urbanos do Porto.
Já no dia 31 de outubro,quando a paralisação será total,durante 24 horas,preveem-se perturbações no Alfa Pendular,Intercidades,Regional/InterRegional,Urbanos e Internacional Celta.
Segundo um acórdão dos serviços mínimos publicado na página do Conselho Económico e Social (CES) na internet,no dia 31 de outubro,com "exceção dos comboios de longo curso,circularão a totalidade das composições nas linhas urbanas de Lisboa e Porto,regionais e interRegionais,entre as 06:00 e as 07:30 e entre as 18:30 e as 20:00,nos exatos termos previstos antes da apresentação do pré-aviso".
No resto do período de greve,de paralisação parcial,o tribunal decretou apenas serviços mínimos necessários à segurança,manutenção,serviços de emergência e outros semelhantes.
Segundo fonte do SFRCI,que representa os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP,estas greves são motivadas por aquilo que diz ser o "incumprimento do acordo" assinado em julho do ano passado com a operadora.
O protesto "tem a ver com a remuneração",sendo que,segundo o sindicato,o acordo prevê passar um "prémio de subsídio de transporte e disponibilidade para o salário base",algo que traria vantagens aos trabalhadores. O sindicato quer um maior equilíbrio face às remunerações dos maquinistas.