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Acidentes põem em xeque formação de pilotos e infraestrutura aeronáutica

2024-12-29 IDOPRESS

O local da queda de um avião no centro de Gramado — Foto: MATEUS BRUXEL / AGÊNCIA RBS / AFP

A queda de um avião da Embraer com 67 pessoas no Cazaquistão voltou a pôr em evidência a segurança da aviação brasileira. A tragédia foi atribuída a uma fatalidade —disparos da artilharia russa ao confundir a aeronave com drones ucranianos. Outros desastres recentes,porém,despertam preocupação com o despreparo dos pilotos e a infraestrutura aeronáutica aqui no Brasil.

Em Gramado,no Rio Grande do Sul,um bimotor a hélice Piper caiu neste mês,matando dez pessoas e deixando 17 feridos. Foi,segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa),o 41º acidente com mortos no ano,entre 168 registrados,o pior resultado desde 2014. Mais da metade desses acidentes ocorreu na aviação privada. Em 2024,as mortes em desastres aéreos no Brasil somaram 148,92% acima de 2023. É como se um Boeing 737 lotado tivesse caído.

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Acidentes aeronáuticos ocorrem por uma coincidência infeliz de eventos,um encadeamento de falhas humanas e técnicas. As causas preponderantes dos últimos acidentes têm sido alterações climáticas repentinas,somadas a deficiências na formação de pilotos e a gargalos na infraestrutura aeronáutica. Como a quantidade de voos e passageiros cresceu na esteira da economia aquecida,as falhas aumentaram. A formação de pilotos no Brasil não tem conseguido acompanhar o crescimento da demanda com o mesmo padrão de qualidade.

O desastre em Gramado foi o segundo mais grave de 2024 e o maior envolvendo um avião de pequeno porte. O pior em número de vítimas foi a queda de um voo regular da VoePass em Vinhedo (SP),no mês de agosto,que deixou 62 mortos. Em ambos os casos,as condições atmosféricas contribuíram para o desastre. No relatório preliminar sobre a queda em Vinhedo,o Cenipa concluiu que os pilotos tinham treinamento adequado para lidar com o acúmulo de gelo que,segundo a investigação,foi a causa provável da queda.

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As exigências de formação de pilotos na aviação comercial são mais rígidas que as vigentes na aviação privada. Pela lei,são necessárias 150 horas de voo para a habilitação. O gasto com formação,incluindo mensalidades no curso de graduação em ciência aeronáutica e cursos práticos em escola homologada pela Anac,não fica abaixo de R$ 400 mil,na estimativa de Lucas Fogaça,coordenador do curso de ciências aeronáuticas da PUC do Rio Grande do Sul.

Em Gramado,a aeronave era pilotada pelo próprio dono,que não era piloto profissional. O acidente ocorreu de manhã,no horário mais crítico de nebulosidade,fenômeno que tem ficado mais intenso nos últimos dez anos no Sul e no Centro-Sul,devido ao aquecimento do Oceano Atlântico. As más condições atmosféricas exigem dos pilotos qualificação para voar por instrumentos e para lidar com situações inesperadas. Mas nem sempre eles estão preparados. As estatísticas de 2024 demonstram que é necessária vigilância mais atenta sobre a formação de pilotos,sobretudo os que operam na aviação privada.

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