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Saída da base do governo em reação à demissão de Lupi amplia insatisfação de aliados com o Planalto

2025-05-07 IDOPRESS

O ex-ministro da Previdência Carlos Lupi em audiência na Câmara — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

RESUMO

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GERADO EM: 07/05/2025 - 03:30

Saída do PDT da base de Lula expõe tensões com o Planalto

A saída do PDT da base de apoio ao governo Lula,em resposta à demissão de Carlos Lupi do Ministério da Previdência,revela crescente insatisfação de aliados com o Planalto. A bancada adota postura de independência,não oposição,criticando a falta de reciprocidade do governo. A decisão,porém,não significa rompimento total,mantendo alinhamento ideológico com o PT,enquanto o Senado continua a apoiar o governo.

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O cenário conturbado na relação entre o Palácio do Planalto e a Câmara dos Deputados ganhou mais um capítulo na terça-feira,com a saída de um aliado histórico das gestões petistas da base de sustentação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A bancada do PDT na Casa anunciou que deixará de apoiar o governo,na esteira da saída de Carlos Lupi,presidente licenciado do partido,do Ministério da Previdência.

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A posição tomada pelos 17 deputados não leva o partido à oposição,mas para uma postura de “independência”. Lupi,que pediu demissão após a pressão provocada pela descoberta das fraudes em aposentadorias e pensões do INSS,participou da reunião.

A saída do PDT da base aliada na Câmara ocorre em um momento de fragilidade na relação de Lula com o Congresso. Após queda na popularidade nos últimos meses,siglas que integram o governo iniciaram movimentos para se descolar do Palácio do Planalto e colocam em dúvida o apoio à reeleição em 2026. No mês passado,por exemplo,discordâncias no União Brasil levaram o líder da sigla na Câmara,Pedro Lucas Fernandes (MA),a rejeitar convite para assumir o Ministério das Comunicações.

Como fica a correlação de forças na Casa — Foto: Editoria de Arte

“Primeiro passo”

Apesar de o substituto,Wolney Queiroz,também ser do PDT,os deputados se sentiram desprestigiados e lembraram que o novo ocupante fez campanha para Lula em 2022,não para Ciro Gomes. O líder do PDT na Câmara,Mário,Heringer,no entanto,diz que não há restrições a ele.

— Demos o primeiro passo,que é nos tornarmos independentes. Foi uma decisão unânime. Por que não vamos ficar na base? Porque o governo não deu reciprocidade,não cuidou de proteger (Lupi). Já estávamos em um clima muito ruim. Se existe a história da gota d’água,foi essa. O governo deixou o nosso partido fritando,sem defesa — disse o líder do PDT,Mário Heringer (MG),que deixou em dúvida um eventual apoio do partido à reeleição de Lula em 2026: — Podemos tentar um novo caminho pela centro-esquerda,evitando a polarização.

Ao defender “caminhos alternativos”,Heringer citou o nome de Ciro,mas há outras possibilidades em discussão. Segundo parlamentares presentes,Lupi orientou os deputados na reunião a não incentivarem desde já uma candidatura de Ciro,abrindo espaço para alternativas que não sejam o pedetista ou Lula. O ex-presidenciável e o ex-ministro não se manifestaram.

Ao declarar independência,a bancada fez questão de sinalizar que não há rompimento total. Líderes da Câmara interpretaram o gesto mais no campo do simbolismo e do repúdio à saída de Lupi do que uma mudança que vá se transformar na prática em votos contra projetos do governo,já que há alinhamento ideológico entre PT e PDT.

Em votações nesta Legislatura,pedetistas deram apenas um voto a favor do marco temporal para terras indígenas,que tinha a oposição do governo,e três pela derrubada de um decreto de Lula sobre o marco do saneamento básicos. Os deputados da legenda também não endossaram o requerimento favorável a acelerar o andamento do projeto que anistia os envolvidos no 8 de janeiro,iniciativa depois travada pelo presidente da Câmara,Hugo Motta (Republicanos-PB).

No Planalto,o posicionamento também foi visto com cautela. Responsável pela relação com o Congresso,a ministra Gleisi Hoffmann evitou entrar em conflito.

— Respeitamos o posicionamento da bancada e seguimos dialogando com o PDT,contando com o apoio do partido nas matérias de interesse do país — afirmou Gleisi.

Na semana passada,ela sondou os deputados do PDT antes de Lula decidir nomear Wolney. Havia uma avaliação no governo de que a indicação do novo titular da pasta havia contemplado a bancada. O movimento não representa,por ora,uma defecção também no Senado. Em nota conjunta logo após a decisão dos deputados,os três senadores da sigla informaram que seguirão alinhados ao Planalto.

“A bancada do Senado respeita a decisão da bancada na Câmara e,embora tenha um posicionamento diferente,reitera que o partido segue unido em defesa dos ideais trabalhistas”,diz nota assinada pelo líder do PDT no Senado,Weverton Rocha (MA).

De acordo com o líder,a posição de se manter no governo foi tomada por unanimidade,com o apoio das outras senadoras do partido,Leila Barros (DF) e Ana Paula (MA).

PT e PDT têm uma relação que historicamente oscila entre a aliança e a rivalidade,fruto da disputa de espaço no eleitorado de esquerda. Nas nove eleições presidenciais que ocorreram desde 1989,os dois partidos estiveram coligados no primeiro turno apenas três vezes: 1998,2010 e 2014.

Em 1998,Lula teve como vice Leonel Brizola,em uma chapa que foi derrotada no primeiro turno para Fernando Henrique Cardoso. Em 2010 e 2014,pedetistas estiveram ao lado de Dilma Rousseff,sem ter o posto de vice. Em outras cinco oportunidades,o PDT se aliou ao PT no segundo turno.

Reunião com PL

Em uma tentativa de aproximação com a oposição,Gleisi recebeu o líder do PL na Câmara,Sóstenes Cavalcante (RJ),em sua casa,em Brasília. Um dos nomes da cúpula do PL mais próximos de Jair Bolsonaro,o deputado disse ter cobrado o pagamento de emendas de parlamentares da legenda que,segundo ele,estão atrasadas desde 2023. Segundo Sóstenes e aliados de Gleisi,ela se comprometeu a iniciar os repasses.

A conversa ocorreu na casa da ministra após o deputado se negar a ir ao Planalto,temendo uma repercussão negativa. A intenção foi que a reunião ocorresse longe de holofotes. O encontro ocorreu em meio ao debate sobre a coleta de assinaturas para o requerimento de urgência para o projeto da anistia ao envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023,iniciativa liderada por Sóstenes.

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